a noite.
Omeu único gozo é a leitura das páginas do romance...
Uma torrente de lágrimas desce de meu rosto,
o fracasso e a pretenção melancólica sentimental
se envolvem em minha alma e em meu corpo...
Angustiante é o pranto,
Doce é o meu murmúrio,
Fogoso foi seu deleite...
Apenas o que restou foi seu túmulo
no qual derramo tão amargas lágrimas.
Venero suas lembranças, as mesmas filtram no meu
sangue a vontade de não mais viver.
Não posso agora beijar te,
nem mesmo desfrutar de sua tão bela e preciosa presença
os meus olhos não mais o enxergam...
Os meus braços tornaram-se famintos por seu corpo...
Já que não o tenho mais comigo,
entregar-me ei as garras da morte!
Crucifixo
Agonizantes ventos gélidos
Que penetram em meu corpo nú
Lembranças marcantes e dolorosas
Podem ser notadas nas gotas de
Sangue que caem de meus ´
Lábios rubros...
A névoa fantasiosa
Traz a fúria e o desespero
Para os meus dias que são
Frios solitários e cheios
De culpa...
Sem emoção;
Sem nenhuma devoção
Apenas sólidos como
Um crucifixo...
Gerada no ventre de Gaia
Logo ao nascer fui colocada diante
De um tumulo violado
Habitado apenas pela poeira
E pela desolação...
A neve trouxe consigo
O ar sombrio...
E no céu tudo está escuro
Como um crepe funéreo...
Entregue as trevas
Como uma rosa amaldiçoada
Tive saudosa tristeza e imortal solidão!
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